Cor demais. E nunca é o bastante. Parece que estou longe da leveza, das elegantes transparências que fazem de uma aquarela algo suave e sofisticado. Minhas aquarelas são brutas. Coloridas demais. Fortes demais. Imagino que a culpa disso seja do diluente que tenho usado nos pigmentos. Eu deveria usar água. Lágrimas deixam as cores excessivamente marcantes. Indiscretas.
Os castelos confundiram-se. Não sabem mais o que fazer com a nova ordem das coisas. Porque não fica nada bem para uma coisa servir de abrigo para príncipes, para princesas, para sonhos ou devaneios. Daí entortaram-se. Verdade que os relógios de alguns passaram a andar para trás. Porém, eu soube que foi inútil. Tudo inútil.

Comentários
Postar um comentário