Teimosia. O peso ainda não aliviou, e a mão bate forte, tratando a a delicada aquarela como se fosse uma pincelada carregada de óleo. Falta de respeito com a fluidez da água, etc. Só abstraindo e fingindo demência, como se diz por aí. Mas a verdade verdadeira mesmo é que gostei desse amarelo. Ele traz um quê de alegria para o seu quadrado, quase ignorando os vermelhos que se enroscam, na defensiva, procurando o centro, o protagonismo. Azuis e verdes, um cá outro lá, ambos na deles, e eu por ali, cuidando para que haja os clássicos vazios, os trechos em branco, para disfarçar, fazer de conta que sei mexer com aquarela. Bobagem. Essas coisas se fazem por si. Eu só junto os pigmentos no papel molhado. O resto se acontece sozinho, meio como eu mesma nesses últimos tempos.
Cores, riscos e palavras.