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Mostrando postagens de outubro 26, 2022

Café

 Sei o quanto sou repetitiva quando se trata de dizer o quanto gosto de café. Sim, pelo paladar, naturalmente. Mas, acima disso, pelo que representa. Café é aconchego, é acolhimento, paz e sossego. É minha casa rescendendo a aromas que se cruzam no ar. É pausa para descansar. É o antes, para dar coragem, e é o depois, para reanimar. Sim, agora é o meu café, aqui de casa. Mas havia o teu. que era mágico. Tirado daquela cafeteira italiana achada em ferro velho visitado dia daqueles, pela estrada, por acaso. Mexias na máquina e, por incrível que pareça, nosso cafofo tinha café espresso (sim, com s, italiano). E gostavas de me servir. Era tão nosso aquilo tudo. Acho que é ainda, porque eu soube, sim, não apenas saborear nossos cafés, como também cada segundo daqueles momentos que vivemos. Sem desperdícios. Hoje ainda tenho meu café. Mas tu és agora todo ausência. Um oco cheio de ecos que se confundem às vezes: teu abraço envolvente, nossos silêncios, nossas mãos dadas, pequenos nadas ...