Queria muito encontrar o fundamento dos tons rosados. Essa
cor instigante, sempre mais ou menos à beira dos vermelhos, mas mantendo total
fidelidade aos imaculados brancos. Misturas mágicas que, vindo do fundo, penetram
formas incertas, em metamorfose de orquídeas, e contaminam nossa imaginação com
sua trêmula suavidade.
Os castelos confundiram-se. Não sabem mais o que fazer com a nova ordem das coisas. Porque não fica nada bem para uma coisa servir de abrigo para príncipes, para princesas, para sonhos ou devaneios. Daí entortaram-se. Verdade que os relógios de alguns passaram a andar para trás. Porém, eu soube que foi inútil. Tudo inútil.

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