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Alianças

Alianças. Sim, alianças são sugestivas. São elos, representam união. São contratos silenciosos e públicos. Casais usam alianças e imagino que deva ser para que se lembrem do vínculo. Ou para que não se esqueçam. Depende. Círculos são contínuos, mas circulam no mesmo lugar. Não vão além. Todavia, algemas também sugerem a mesma ideia. Enfim, é a ambiguidade das representações. Sim, é por isso que a gente sempre pode duvidar delas, as representações. Elas são aquilo que se coloca no lugar de alguma coisa, mas que não é exatamente a mesma coisa que a coisa representada.

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Autorretrato

 Aquarela de luz que dispensa água e pinceis. Meu reflexo no vidro enquanto fotografava esta fotografia que depois transformei em outra coisa que continua sendo a mesma coisa só que diferentemente do que vinha sendo até então. Porque eu brinco até de seriedade. Faz de conta. 

Castelos Confusos

Os castelos confundiram-se. Não sabem mais o que fazer com a nova ordem das coisas. Porque não fica nada bem para uma coisa servir de abrigo para príncipes, para princesas, para sonhos ou devaneios. Daí entortaram-se. Verdade que os relógios de alguns passaram a andar para trás. Porém, eu soube que foi inútil. Tudo inútil.   

Fantasma

 Eu não levaria tão a sério. Mas, em parte, merece aparecer por aqui esse acidente fotográfico que fideliza uma realidade indiscutível e, mesmo assim, absurda. Portanto, eis um fantasma plasmado. Um fantasma clássico, do tempo dos lençóis esvoaçantes, dos ambientes sinistros, das luzes incertas. Ele parece andar por corredores embaralhados. Flutuante. Leve. Assombroso. Assombrado. Assombração.