Comecei a desenhar com certo cuidado até, na expectativa de descobrir que flores viriam. Nenhuma saiu da pontas do lápis. E depois, nenhuma tampouco saiu da ponta do pincel. Mexi com as cores, fui e voltei pelas folhas e pelas hastes. Iluminei e escureci o fundo. Nenhuma flor. Tenho para mim que, desta vez, não houve flores, muito embora o viço das folhas. Muito embora esperasse por elas. Muito embora já seja noite, e muito embora eu saiba que, mesmo que houvesse flores, tu não estás mais aqui para recebê-las de mim.
Os castelos confundiram-se. Não sabem mais o que fazer com a nova ordem das coisas. Porque não fica nada bem para uma coisa servir de abrigo para príncipes, para princesas, para sonhos ou devaneios. Daí entortaram-se. Verdade que os relógios de alguns passaram a andar para trás. Porém, eu soube que foi inútil. Tudo inútil.

Comentários
Postar um comentário