Sei que existem muitas flores no mundo. Mas as que procuro não existem e, portanto, preciso inventá-las. Saem assim: tortas, desencontradas, estupidas no colorido e na forma. Nascem de gestos brutos, do excesso de tintas, da pressa, da imperfeição que é, enfim, a marca registrada de tudo que é provisório e improvisado.
Os castelos confundiram-se. Não sabem mais o que fazer com a nova ordem das coisas. Porque não fica nada bem para uma coisa servir de abrigo para príncipes, para princesas, para sonhos ou devaneios. Daí entortaram-se. Verdade que os relógios de alguns passaram a andar para trás. Porém, eu soube que foi inútil. Tudo inútil.

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