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Nunca mais outra vez


Pensei comigo, enquanto o lápis corria pelo papel, que estavas bem ali, a olhar as cores, os claros, os escuros, tudo enfim. Cheguei a sentir teu olhar, tua presença, e fiz de conta que sim, que ali estavas, do meu lado, quieto, mas atento, como sempre. Mas logo depois me dei conta de que não era mais sempre, porque é nunca: nunca mais outra vez.
 

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