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Eu sem mim

Noites, madrugadas, palavras que soam como ruídos e ruídos que soam como palavras. Como assim? As teclas agora mesmo que, tocadas, se reorientam nas letras, depois nas palavras, na barra de espaço. Instantes que se seguem, infinitos encadeados que reclamam um sentido. São fluxo, água, vida: fluidez confusa que reclama conceitos com receio de cair na pura abstração. Linhas que se transformam em maçãs, seguramente vermelhas, como garantia de que não se confundam com todo o resto. Um pouco como eu só que sem mim.

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