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Assim, por nada, por hoje

Pinceladas inseguras. É o que acontece quando não se tem a aquarela, e a tinta acrílica diluída faz as vezes do material faltante. Mas, se dá vontade, a gente parte no impulso. Acha o papel, os pinceis que estão mais à mão, a tinta, qualquer uma que dilua na água. É a vontade de riscar, de pintar, de colorir, de trazer à existência qualquer coisa que não existia antes e que agora, sim, toma conta de seu canto no mundo, mesmo que seja apenas uma cantinho virtual, que fica em lugar nenhum, sem concretude nem relevância. Por nada. Por hoje.


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