Pular para o conteúdo principal

Juro

Dizem que não se deve desenhar coisas soltas. Que é preciso compor, por aí entendendo dispor os objetos harmonicamente no espaço ou algo assim.
Só que não.
Tem horas que nada se deseja expressar senão que a expressão em si: o risco em si. Se o risco vira uma rosa, é apenas por detalhe.
E foi por conta disso, exatamente, que os rabiscos acabaram por se parecer a rosas, assim, jorrando de algum lugar, aparecendo sozinhas, e juro que até o perfume delas eu cheguei a sentir.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Castelos Confusos

Os castelos confundiram-se. Não sabem mais o que fazer com a nova ordem das coisas. Porque não fica nada bem para uma coisa servir de abrigo para príncipes, para princesas, para sonhos ou devaneios. Daí entortaram-se. Verdade que os relógios de alguns passaram a andar para trás. Porém, eu soube que foi inútil. Tudo inútil.   

Fantasma

 Eu não levaria tão a sério. Mas, em parte, merece aparecer por aqui esse acidente fotográfico que fideliza uma realidade indiscutível e, mesmo assim, absurda. Portanto, eis um fantasma plasmado. Um fantasma clássico, do tempo dos lençóis esvoaçantes, dos ambientes sinistros, das luzes incertas. Ele parece andar por corredores embaralhados. Flutuante. Leve. Assombroso. Assombrado. Assombração.

Rebeca

 Finalmente, Rebeca, desenhada em poucos traços, rapidamente, quando voltava das compras e tomava a chuva de que tanto gostava. Deve ser ela mesma, porque surgiu muito espontaneamente.