Pular para o conteúdo principal

A timidez das violetas

Alguém me disse um dia, das violetas, que elas eram tímidas. Eu deveria talvez por aí entender que elas, por pura timidez, se escondiam às vezes sob as folhas. Toma-se isso hoje por poesia, não por verdade. Que a verdade é seca e sem graça, e vai dizer que somos nós que projetamos sobre as pobres violetas os nossos confusos sentimentos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Castelos Confusos

Os castelos confundiram-se. Não sabem mais o que fazer com a nova ordem das coisas. Porque não fica nada bem para uma coisa servir de abrigo para príncipes, para princesas, para sonhos ou devaneios. Daí entortaram-se. Verdade que os relógios de alguns passaram a andar para trás. Porém, eu soube que foi inútil. Tudo inútil.   

Fantasma

 Eu não levaria tão a sério. Mas, em parte, merece aparecer por aqui esse acidente fotográfico que fideliza uma realidade indiscutível e, mesmo assim, absurda. Portanto, eis um fantasma plasmado. Um fantasma clássico, do tempo dos lençóis esvoaçantes, dos ambientes sinistros, das luzes incertas. Ele parece andar por corredores embaralhados. Flutuante. Leve. Assombroso. Assombrado. Assombração.

Rebeca

 Finalmente, Rebeca, desenhada em poucos traços, rapidamente, quando voltava das compras e tomava a chuva de que tanto gostava. Deve ser ela mesma, porque surgiu muito espontaneamente.