Alguém me disse um dia, das violetas, que elas eram tímidas. Eu deveria talvez por aí entender que elas, por pura timidez, se escondiam às vezes sob as folhas. Toma-se isso hoje por poesia, não por verdade. Que a verdade é seca e sem graça, e vai dizer que somos nós que projetamos sobre as pobres violetas os nossos confusos sentimentos.
Os castelos confundiram-se. Não sabem mais o que fazer com a nova ordem das coisas. Porque não fica nada bem para uma coisa servir de abrigo para príncipes, para princesas, para sonhos ou devaneios. Daí entortaram-se. Verdade que os relógios de alguns passaram a andar para trás. Porém, eu soube que foi inútil. Tudo inútil.

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