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Mostrando postagens de agosto, 2020

Seria a dor?

  Talvez fosse. Não estou certa. Mas alguns elementos constantemente presentes devem fazer parte de qualquer dor: o vermelho e o negro, os rasgos, os traços duros e as figuras monótonas. Mais nada.

Simplificação

  Tanto se simplificam as coisas que, no fim, sobra mesmo muito pouco. E é justamente por isso que, às vezes, o barroco nos faz falta: um pouco de enfeites, de exageros, de inversões... Dir-se-ia mesmo umas e outras mesóclises.

Olhar menos e ver mais

 Seria delicioso poder olhar menos e ver mais. Olhar por olhar é só ruido, barulho; mas ver, VER de verdade, assimilar cores e formas em seu significado mais profundo é elevar-se na escala desse sentido. Queria sempre poder ver cada vez mais. Há momentos, porém, em que os espelhos nos cegam.

Obediência

Tem horas que fica tão difícil as cores e os riscos nos obedecerem!  Eu ordeno aos vermelhos que hajam como tais, e eles se tornam rosados.  Eu ordeno as traços que se equilibrem e que se harmonizem, e eles teimam em permanecer anárquicos.  Eu ordeno que haja beleza, e ela se esconde. E eu então, mais nada.